terça-feira, 25 de agosto de 2015

Introdução

O sistema nervoso é um tipo de tecido encontrado no organismo humano capaz de monitorar e regular seu ambiente interno ajustando-se ao meio externo podendo enviar substâncias necessárias a seus devidos locais de demanda, e coordenando as ações do corpo, tanto voluntarias quanto involuntárias. Sua unidade funcional são os neurônios, células capazes de transmitir impulsos elétricos ou mensagens químicas que serão interpretadas pelo corpo gerando uma ação de movimento autônoma ou voluntariamente. Machado A.B. (2005)
Entre as substâncias necessárias a manutenção das funções do sistema nervoso, se faz importante a presença do Zinco, estando presente nas enzimas liberadas pelo SN em suas reações e atuando nas relações fisiológicas como crescimento e desenvolvimento do ser humano. Cozzolino S.M., Mafra D. (2004)
A região do encéfalo e medula espinal compõe a porção chamada de sistema nervoso central (SNC) e os nervos fora do neuroeixo compõe o sistema nervoso periférico (SNP). Seus nervos compreendem vias aferentes que são formados por fibras sensitivas capazes de transmitir impulsos como respostas dos órgãos sensitivos até o SNC, e nervos eferentes compostos de fibras motoras responsáveis por conduzir  os impulsos do SNC até o órgão efetuador, geralmente glândulas e músculos. Há uma porção do SN chamada de sistema nervoso autônomo (SNA) cuja função é o controle da vida vegetativa do organismo ou seja, ações que realizamos inconscientemente e por reflexo, como circulação sanguínea, contração cardíaca e liberação de hormônios, faz também o principal controle do corpo pertinente a mudanças no ambiente externo, ou seja assim que a temperatura cai, o corpo recebe estímulos e começa a se preparar para manter a temperatura, sendo dividido novamente em: sistema nervoso simpático o sistema nervoso parassimpático. Machado A.B. (2005)

Suprimento Arterial da Medula Espinal

No suprimento arterial da medula espinal distingue-se um sistema horizontal formado por anéis arteriais e um sistema longitudinal que abastece o sistema horizontal. O sistema longitudinal consiste na artéria espinal anterior, uma artéria impar localizado na face ventral da medula espinal, e em um par de artérias espinais posteriores, localizadas na face dorsal. 
Estas duas artérias originam-se, cranialmente, da artéria vertebral.Os vasos que conduzem o sangue para as artérias espinais, na região cervical, originam-se das artérias vertebrais e, nas outras regiões, o sangue chega às artérias espinais pelas artérias segmentares da aorta. As artériasintercostais posteriores, provenientes da artéria aorta, emitem o ramo dorsal que origina os ramos espinais, suprindo a medula espinal. Estes ramos se dividemnas artérias radiculares anterior e posterior, que pertencem ao sistema horizontal. Uma vez que a medula espinal é composta de 31 segmentos, durante o desenvolvimento, deixando, em média, somente seis ramos anteriores e doze ramos posteriores (em alturas de segmento individualmente diferentes). A artéria segmentar mais calibrosa é aartéria radicular magna. Na maior parte dos casos, esta artéria entra no canal espinal, do lado esquerdo, entre T9 E T12, conectando-se com a artéria espinal anterior. Devido às ricas anastomoses, as artérias que suprem as artérias espinais (ramos tanto da aorta como da artéria vertebral) não são artérias terminais.Esta situação de suprimento é distinta daquela das artérias terminais proximais do encéfalo. Distúrbios do suprimento sanguíneo na região dos vasos da medula espinal são, portanto muito mais raros do que na região dos vasos cerebrais. As artérias radiculares estendem-sehorizontalmente e se ramificam em forma de T para suprir as artérias espinais que se dispõe longitudinalmente. Portanto, existe uma via ascendente e outra via descendente. Quando um fluxo sanguíneo descendente, proveniente de uma artéria superior, encontra um fluxo sanguíneo ascendente, que vem de uma artéria inferior, forma se nesta região um divisor de aguas que, por se construir uma área critica, corre um grande risco de isquemia. Na medula torácica superior existe um ponto critico, sendo representado, em alturas variáveis, no limite entre a artéria subclávia e a aorta. Neste local, frequentemente, ocorrem infartos.




Suprimento sanguíneo dos segmentos da medula espinal

Os cornos anteriores e os tratosantero laterais, isto é, a maior parte de um segmento da medula espinal, sãosupridos pela artéria espinal anterior impar. Os cornos e os tratos posteriores são supridos pelas artérias espinais posteriores pareadas. Todos os três vasos são ramos das artérias radiculares.
Entre a artéria espinal anterior e as duas artérias espinais posteriores existe um anel vascular, em forma de cinto, chamado vasocoroa. Pequenas artérias entram, a partir da vasocoroa, na medula espinal suprem os tratos espinotalamicos e partes do trato piramidal. As artérias subcomissurais estendem-se, na fissura mediana anterior, para o interior da medula espinal e cada uma supre metade da medula espinal; são as únicas artérias terminais na medula espinal. Devido às numerosas anastomoses, obstruções proximais, mesmo das artérias segmentares, geralmente não apresentam sintomas clínicos.
Em contrapartida, as artérias espinais periféricas são artérias terminais. De acordo com sua área de suprimento, obstruções da artéria espinal anterior causam lesão dos cornos e das raízes anteriores do mesmo segmento: a consequência é paralisia flácida dos músculos que são supridos por esses segmentos. Quando o trato principal, situado no trato lateral, também é afetado, resulta em uma paralisia espástica, logo abaixo da lesão. A obstrução da artéria espinal posterior, na altura de um ou vários segmentos, afeta os cornos posteriores e os tratos posteriores: as consequências são distúrbios da sensibilidade profunda, da vibração e da sensibilidade de pressão. O trato principal também pode ser afetado, levando a paralisia espástica, distalmente ao distúrbio do suprimento sanguíneo.

Vasos sanguíneos que suprem medula espinal

Vertebra torácica na vista cranial. Os ramos dorsais das artérias segmentares emitem os ramos espinais. Estes se ramificam nas artéria radiculares anterior e posterior. Estas artéria conectam-se com o anel vascular, ao redor da medula espinal. Em alguns segmentos, a conexão com a artéria espinal anterior é mais frequente e, em outros segmentos, aparece uma conexão com as artérias espinais posteriores.


Drenagem Venosa


  • ·        Drenagem venosa da medula espinal
Vista ventral. Em analogia com o suprimento arterial, existe também, na drenagem venosa, um sistema horizontal (anéis venosos) e um sistema longitudinal, que drena para estes anéis. Diferentemente do suprimento arterial, proveniente de três vasos, adrenagem venosa faz-se a partir da medula espinal, por meio de plexos venosos para apenas duas veias, uma veia espinal anterior e uma veia espinal posterior. A veia espinal anterior forma, em sua porção cranial, anastomoses com veias no tronco encefálico e termina caudalmente no filamento terminal, um filamento meníngeo que se estende do cone medular até a fixação na extremidade sacral do saco da dura mater. A veia espinal posterior, mais calibrosa, conecta-se na região cervical, as veias radiculares conectam esta rede venosa, situada ainda no interior da pia mater, com o plexo venoso vertebral interno. Na região da medula cervical, o sangue drena para a veia vertebral, que desemboca na veia cava superior, através dos sistemas ázigo e hemiázigo. As veias radiculares existem apenas em determinados segmentos típicos que podem variar entre os indivíduos.



  • Drenagem venosa de um segmento da medula espinal
Vista ventral cranial esquerda. A drenagem venosa de um segmento da medula espinal faz-se pelas veias espinais anterior e posterior. Estas veias situam-se no interior da pia mater e são conectadas entre si por meio de um anel venoso.
Ambas as veias conduzem o sangue através de veias radiculares, para o plexo venoso vertebralinterno. Diferentemente das veias radiculares, as veias no interior da medula espinal não possuem válvulas venosas. Portanto a medula espinal corre riscos em caso de retenção venosa devido ao aumento de pressão. Este aumento da pressão na medula espinal pode levar a formação de uma fistula anteriovenosa típica, uma conexão aberta entre uma artéria e uma veia na medula espinal. A pressão arterial é maior do que a pressão venosa, e, portanto o sangue arterial é desviado para as veias da medula espinal. Quando a capacidade de drenagem das veias internas da medula for adequada, a fístula não apresenta sintomas. Quando a capacidade torna-se insuficiente, durante o aumento da fístula, a medula espinal reage sensivelmente ao aumento de pressão que não pode ser compensado. O resultado são distúrbios da marcha, da sensibilidade ou paralisias espásticas.
Quando não tratada esta fístula leva a lesão transversal total, a terapia de escolha é a remoção cirúrgica da fistula.


  • Plexo das veias vertebrais

Corte transversal, vista superior oblíqua esquerda. As veias da medula espinal e de sua meninges conectam-se com o plexo nervoso vertebral interno por meio das veias radiculares e espinais. O plexo localiza-se no tecido adiposo do espaço epidural e envolve internamente o canal vertebral. A veia intervertebral e a veia basivertebral conectam os plexos venosos vertebrais interno e externo. Entre as áreas de drenagem das veias anteriores e posteriores existem anastomoses. Principalmente as anastomoses oblíquas no interior da medula espinal, que podem se estender ao longo de vários segmentos e que mantêm uma pressão venosa intramedular constante.


Veias epidurais nos canais vertebrais sacral e lombar

Vista dorsal. As veias internas da medula espinal não possuem válvulas até o ponto de sua passagem através da parte espinal da dura mater. Este complexo venoso vertebral interno é conectado, por outras veias sem válvulas, com o plexo venoso da próstata. Quando células tumorais, provenientes de uma carcinoma da próstata, invadem o plexo venoso da próstata estas células podem facilmente migrar ao longo dessas veias para o plexo venoso sacral e destruir o tecido vizinho. Portanto, o carcinoma da próstata leva frequentemente a infiltração desta região com destruição dos ossos vizinhos (dores intensas)



 Referencias:
Angelo B. M. Machado, Neuroanatomia funcional. 2ª Edição, Cap. 1, 2, 3, 10, 11, 13, 14, 15 Editora Atheneu  SP Brasil, 2005.

Denise Mafra., Sílvia Maria Franciscato Cozzolino, Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental. Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São PauloSP Brasil, 2004.


Michael Schünke; Erik Schulte; Udo Schumacher. Atlas de Anatomia Cabeça e Neuroanatomia. Guanabara Koogan, Edição 1, Volume 3, p, 430, 2007.

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